sábado, novembro 25, 2006

CHEROVIAS


É por este nome, que aqui, são conhecidas. Uns pequenos bolbos que se desenvolvem nas raízes da erva-azeda.



Aquando das primeiras lavouras, no Outono, com a movimentação das terras por acção das charruas, ficam a descoberto muitas destas bagas que, depois de torradas são um óptimo e doce petisco.


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Esta estava há muito prometida à

PAULA do Rap'o tacho.

domingo, novembro 19, 2006

BORREGO COM GRÃO



É um prato deliciosamente saboroso e, relativamente económico se for feito com pescoço e peito de borrego.Os talhos das grandes superfícies comerciais, fazem frequentemente, promoções de carne de borrego, só que, tem de o comprar inteiro ou em metades. Aproveite porque os preços são vantajosos. Peça ao talhante que corte e separe as peças do animal. As costeletas para grelhar ou fritar, ou até deixar o vão inteiro para assar, as pernas para assar no forno ou guizar, as mãos também são óptimas no forno (pessoalmente gosto mais do que das pernas, embora com menos carne, esta é mais suculenta) ou guizadas e as abas e o pescoço para ensopados, caldeirada, ou assim: com grão.





Retire com uma faquinha afiada, todos os bocadinhos de sebo da carne e peça para que retirem da perna, uma glândula a que vulgarmente se chama:"bedum" e que transmite mau sabor à carne. É retirada através de um golpe feito na zona da articulação(pode ver na foto).


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Corte a carne em pedaços e tempere, com sal, pimenta, colorau, louro, massa de pimentão e vinho branco.Aloure a carne em azeite e junte cebola picada e alho. Mexa envolvendo bem a carne com a cebola, junte também cenouras em rodelas, tomate em pedacinhos, o líquido da marinada e água(mantenha água ao lume, para ir acrescentando sempre que necessite). Deixe cozer bem a carne e misture-lhe grão cozido. Se não lhe apetecer cozer os granitos, compre desses dos frascos. Pelo menos não ficam cozidos demais ou de menos (como "balas"diz o meu pai). O essencial no borrego, é suprimir totalmente o sebo que lhe dá um sabor muito forte (como dizem as pessoas por estas bandas: "sabe muito a borregum". Perca um bocado de tempo e com jeitinho retire essas coisas que dão muito mau sabor.

sábado, novembro 11, 2006

ARROZ DE TAMBORIL

É um peixe de aspecto um pouco repulsivo. Num passado muito recente, era desprezado e apenas os pescadores o aproveitavam como alimento. Hoje, a procura, fez com que este cabeçudo atingisse preços elevados. De pele lisa e viscosa, cabeça gigantesca em relação ao resto do corpo, por isso (como diz o "Chico do peixe") "desluzido". Mas a sua carne é fina, firme, sem espinhas, e de riquíssimo sabor.
É, além de tudo isto, extremamente magra, tornando-se por isso um alimento ideal para quem não quer, ou não pode, ingerir gorduras.

Peça ao peixeiro que retire a pele e separe a cabeça do tronco. Atenção ao fígado do bicharoco. Há vendedores que são muito "distraídos" e "esquecem-se" que o fígado também é comestível (para algumas pessoas é a melhor parte) e ficam com ele.

Corte o dito-cujo em pedaços e tempere com sal. Coza a cabeça, durante sete ou oito minutos, em água e sal. Retire do tacho e aproveite toda a carne que puder separar da cabeça. Reserve os bocados de polpa, reponha as espinhas novamente no tacho e, deixe ferver durante algum tempo afim de enriquecer o caldo (fumet) com o sabor do peixe.
Posted by PicasaAgora é o costume:

Cebola, aipo e alho picados, (pode juntar também, alho-porro, picado) refogados em azeite, o arroz(nestes pratos prefiro carolino), um pouco de tomate (se gostar), o caldo das espinhas do tamboril (coado, pois claro), os pedaços do lombo do peixe que não devem cozer muito tempo, para que não fiquem duros e "emborrachados". Não deixe secar o arroz e vá juntando água quente, para que fique "malandrinho". Quando o arroz estiver quase cozido, junte os bocadinhos de peixe que retirou da cabeça, rectifique o sal, piripiri, se gostar de camarões, meta-os também lá para dentro que não faz mal. Finalmente, antes de comer, espete-lhe com uma mão-cheia de coentros picados e...Força, atire-se a ele!

quinta-feira, novembro 02, 2006

CONSTELAÇÃO DE FIGOS E AMÊNDOAS


É típico desta região e não há muito a dizer sobre a sua confecção. Muito simples e fácil de fazer, resulta numa feliz associação de dois deliciosos frutos secos.

Fiz, para que, no dia de Todos-os-Santos respeitasse a velha tradição de dar o "Pão por Deus", que felizmente, ainda se mantém por estas bandas. Aparecem ranchos de crianças nesse dia, com coloridos taleigos de pano a pedir: "Bolinho boliiiiinho". Claro que não os deixava ir só com as estrelas de figo! Eles já sabem que podem sempre escolher um geladinho para cada um.


Se quiser fazer, compre figos crus. Corte como vê na foto (há quem adube com chocolate em pó ou erva doce, gosto mais assim, ao natural), sobreponha dois figos e introduza entre eles as amêndoas peladas. Se achar que as amêndoas são muito grossas, com o bico da faca, separe-as em duas metades (foi o que eu fiz).

Para pelar as amêndoas, escalde-as em água a ferver durante alguns segundos e a pele sairá facilmente.

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Agora, é só meter em forno médio, até que as amêndoas comecem a alourar.